Sejam bem vindos!
Olá pessoal estou preparando o material para atualizar esta página onde vocês poderão estar realizando os downloads dos materiais que estarão sendo utilizados durante as aulas.
Aproveitem o conteúdo do blog e deixem seus comentários ajudando a melhorar este trabalho diferenciado.
1 - ESGOTAMENTO SANITÁRIO INADEQUADO E IMPACTOS NA SAÚDE DA POPULAÇÃO
1 - ESGOTAMENTO SANITÁRIO INADEQUADO E IMPACTOS NA SAÚDE DA POPULAÇÃO
Os esgotos são classificados em Doméstico, Industriais, Águas Pluviais Parasitárias e Água de Infiltração.
a) Esgotos Domésticos - incluem as águas contendo material fecal e as águas servidas, resultantes de banho, lavagem de utensílios e roupas;
b) Esgotos Industriais - são resíduos orgânicos, de industrias de alimentos, matadouros, etc. As águas residuárias agressivas, procedentes de industrias de cerâmica, água de refrigeração, etc.;
c) Águas Pluviais Parasitária - são águas procedentes de chuva que inevitavelmente penetram as redes coletoras de esgoto através de processo de percolação e infiltração;
d) Águas de Infiltração - são águas do subsolo que se introduzem a rede (vazamento oriundo de falhas no sistema de abastecimento de água; lençol freático...)
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2 - ESGOTO DOMÉSTICO: COLETA E TRANSPORTE
Material em pdf para download;
Material do professor Thiago Edwiges da Universidade Tecnológica Federal do Paraná disponível em:
Visualizar/Baixar o arquivo clique aqui
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Material do professor Thiago Edwiges da Universidade Tecnológica Federal do Paraná disponível em:
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3 - SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO
O mundo possui aproximadamente 7 bilhões de habitantes. São diferentes raças e culturas, divididos politicamente em classes!
Neste universo, segundo dados da Organização Munidal de Saúde (OMS, 2009), um número pode ser assustador, o de óbitos por doenças diarréicas que acometem crianças menores de 5 anos de idade a cada ano. Segundo os estudos, são cerca de 1,5 milhões de óbitos por ano. Tais problemas estão relacionados de alguma forma a precariedade ou a falta do saneamento básico.
"No Brasil as diarréias representam 80% das doenças relacionadas ao saneamento ambiental inadequado" (OMS, 2009).
O saneamento básico é constituído essencialmente por 4 vertentes: sistema de abastecimento de água, sistema de esgotamento sanitário, sistema de drenagem urbana e gestão dos resíduos sólidos urbanos. A estas eu acrescentaria ainda mais uma vertente - Educação!
Temos grande parcela na culpa pelos entupimentos das galerias de águas pluviais, pela contaminação e morte dos cursos naturais de água. Quando jogamos a céu aberto ou em locais inadequados os nossos resíduos.
Dentro de um contexto mais específico, define-se sistema de esgotamento sanitário como sendo um conjunto de obras e condutos que tem por finalidade coletar, transportar, tratar e destinar as águas residuárias. A rede coletora de esgoto é uma parte do sistema formado por conjunto de tubulações instaladas com o propósito de coletar as águas residuárias e transportá-las até um ponto de convergência.
"No Brasil as diarréias representam 80% das doenças relacionadas ao saneamento ambiental inadequado" (OMS, 2009).
O saneamento básico é constituído essencialmente por 4 vertentes: sistema de abastecimento de água, sistema de esgotamento sanitário, sistema de drenagem urbana e gestão dos resíduos sólidos urbanos. A estas eu acrescentaria ainda mais uma vertente - Educação!
Temos grande parcela na culpa pelos entupimentos das galerias de águas pluviais, pela contaminação e morte dos cursos naturais de água. Quando jogamos a céu aberto ou em locais inadequados os nossos resíduos.
Dentro de um contexto mais específico, define-se sistema de esgotamento sanitário como sendo um conjunto de obras e condutos que tem por finalidade coletar, transportar, tratar e destinar as águas residuárias. A rede coletora de esgoto é uma parte do sistema formado por conjunto de tubulações instaladas com o propósito de coletar as águas residuárias e transportá-las até um ponto de convergência.
Em geral existem dois tipos de sistemas de esgotamento sanitário, o sistema unitário e o separador absoluto. Muito embora alguns estudos mencionam a existência de um terceiro tipo mas que, na verdade trata-se de um modelo misto entre os dois já mencionados.
Na Europa, em 1847, o descarte das águas servidas eram realizados através de galerias de água pluvial, conhecido como sistema de esgotamento sanitário unitário o qual prevalece até os dias de hoje em Paris.
Na Europa, em 1847, o descarte das águas servidas eram realizados através de galerias de água pluvial, conhecido como sistema de esgotamento sanitário unitário o qual prevalece até os dias de hoje em Paris.
Constitui o sistema de esgotamento sanitário unitário, uma única tubulação que desempenha, tanto função de esgotamento como de drenagem, ou seja, uma única tubulação é utilizada para coletar, transportar, tratar e destinar adequadamente tanto águas residuárias como águas escoamento superficial. A partir desse conceito simplista, observa-se que tal modelo de sistema de esgotamento sanitário somente será viável em regiões de implantação apresentar baixos índices pluviométricos, o que não é o caso do Brasil e, por isso, a solução tecnicamente e economicamente viável de esgotamento sanitário no Brasil foi o separador absoluto.
A primeira cidade onde foi instalado o sistema de esgotamento sanitário separador absoluto foi em Menphis Tenessee.
A primeira cidade onde foi instalado o sistema de esgotamento sanitário separador absoluto foi em Menphis Tenessee.
O sistema separador absoluto, conforme se pode concluir, é constituído por dois conjunto de tubulações, um destinado a coletar, transportar e destinar as águas de escoamento superficial e outro para coletar, transportar, tratar e destinar as águas residuárias. Dentro deste contexto vale a premissa: "esgoto é esgoto, água de chuva é água de chuva".
Curiosidade:
O vaso sanitário foi patenteado em 1778 por Joseph Bramah. O sistema de esgotamento sanitário surgiu da necessidade de afastar as águas imundas e nesse sentido os ingleses utilizaram canalização como meio de transporte hídrico.
O vaso sanitário foi patenteado em 1778 por Joseph Bramah. O sistema de esgotamento sanitário surgiu da necessidade de afastar as águas imundas e nesse sentido os ingleses utilizaram canalização como meio de transporte hídrico.
O sistema de esgotamento sanitario convencional é constituído pelas seguintes partes:
Ramal Predial - trecho compreendido entre o limite do lote e o coletor público;
Coletor Secundário - canalização de menor diâmetro que recebe os esgotos das residências, transportando-os para os coletores troncos ou principais;
Coletores Troncos - canalizações do sistema coletor que recebem as contribuições dos coletores secundários, transportado-as para os interceptores. Os diâmetros são usualmente maiores que os dos coletores secundários;
Interceptores - desenvolvem-se ao longo dos fundos de vale, margeando cursos d'água ou canais. Os interceptores são responsáveis pelo transporte dos esgotos de sua sub-bacia, evitando que os mesmos sejam lançados nos corpos d'água. Devido as maiores vazões que necessitam transportar suas tubulações são maiores do que a dos coletores troncos;
Emissários - canalização que liga a extremidade final da rede à Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), quando houver, e ou ao local de lançamento . Os emissários não recebem contribuições ao longo de seu percurso;
Elevatória - quando a profundidade das tubulações se tornam demasiadamente elevadas, que seja devido a baixa declividade do terreno, quer seja devido a necessidade de se transpor uma elevação, torna-se necessário bombear os esgotos para um nível mais elevado. A partir desse ponto, os esgotos podem voltar a fluir por gravidade. As unidades que realizam o bombeamento dos esgotos são denominadas elevatórias, e as tubulações que transportam o esgoto bombeado são denominadas linha de recalque;
Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) - Obra que tem como finalidade tratar os esgotos através da remoção dos materiais poluentes dos esgotos, os quais podem causar contaminação dos corpos d'água. É importante salientar que um sistema de esgotamento sanitário somente será considerado completo quando a este for incluído a etapa do tratamento;
Corpo Receptor - Posteriormente ao tratamento, os esgotos são lançados nos chamados corpo receptores que, comumente é um curso d'água e eventualmente o solo. Em ambos os casos, há que se levar em consideração os materiais poluentes que permanecem presentes mesmo nos esgotos tratados, especialmente os organismos patogênicos e metais pesados;
Poços de Visita - Os poços de visita são estruturas complementares do sistema de esgotamento, cuja precípua é permitir a inspeção e limpeza da rede.
3.1 Coletores de Esgoto
Tubulação que tem como objetivo coletar e transportar as vazões de contribuição para um ponto de convergência. Estas tubulações devem ser assentadas no lado da rua o qual ficam os lotes mais baixos. Devem ser observadas a existência de: galerias de águas pluviais, redes de abastecimento de água, adutoras, tubos de gás, cabos elétricos e telefônicos.
Em casos de ruas com largura igual ou superior a 18 m devem ser previstas duas tubulações, uma em cada lado, de modo que sejam atendidos todos os domicílios e em profundidades convenientes.
3.1.1 Localização dos Interceptores
Esta tubulação pode ser localizada em vias sanitárias ou avenidas marginais como também em fundos de vale tratado.
3.1.1.1 Vias Sanitárias ou Marginais
É importante observar que os esgotos fluem através da ação da gravidade. Nesse sentido, os interceptores devem situar-se nos pontos mais baixos ou seja, nos fundos de vales em paralelo a um córrego da bacia.
3.1.1.2 Fundo de vale tratados
Referência
Andrade, J. B. Notas de aula - Saneamento Básico Sistema de Esgotamento Sanitário. Departamento de Engenharia. Curso de Engenharia Civil. Disciplina de Saneamento Básico. Universidade Católica de Goiás. 2006.
4. Dimensiosanamento da rede coletora
Os dutos que coletam as vazões tem sua funcionalidade garantida por ação da gravidade, nesse sentido o seu dimensionamento é realizado através da definição das vazões que, por elas serão transportadas. Destaca-se, portanto, duas parcelas distintas: as vazões concentradas e as vazões domésticas bem como as possíveis infiltrações que ocorrem nos mesmos.
As vazões dos esgotos domésticos coletados ao longo do trecho são calculados a partir da determinação dos coeficientes de contribuição ou taxa de contribuição doméstica “Td”, que podem ser determinadas através da relação com o comprimento do tubo ou com a área à ser esgotada. Essas taxas traduzem o valor global das contribuições domésticas máximas horárias dividido pela extensão total da rede coletora da área em estudo e são calculadas pelas seguintes expressões:
Td,i = (c.qi.K2.Pi) / (86400.li*)
Td,i = (c.qi.K2.d.ai) / (86400.li*)
Td,f = (c.q.K1.K2.df) / 86400
Td,f = (c.qf.K1.K2.Pf) / (86400.af)
c - coeficiente de retorno;
q - consumo efetivo de água [l/hab.dia];
K1 - coeficiente da hora de maior demanda;
K2 - coeficiente do dia de maior demanda;
d - densidade demongráfica [hab/ha];
P - população [hab];
a - área a ser esgotada [ha];
li* - comprimento médio de tubulação [m/ha]
Emissários - canalização que liga a extremidade final da rede à Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), quando houver, e ou ao local de lançamento . Os emissários não recebem contribuições ao longo de seu percurso;
Elevatória - quando a profundidade das tubulações se tornam demasiadamente elevadas, que seja devido a baixa declividade do terreno, quer seja devido a necessidade de se transpor uma elevação, torna-se necessário bombear os esgotos para um nível mais elevado. A partir desse ponto, os esgotos podem voltar a fluir por gravidade. As unidades que realizam o bombeamento dos esgotos são denominadas elevatórias, e as tubulações que transportam o esgoto bombeado são denominadas linha de recalque;
Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) - Obra que tem como finalidade tratar os esgotos através da remoção dos materiais poluentes dos esgotos, os quais podem causar contaminação dos corpos d'água. É importante salientar que um sistema de esgotamento sanitário somente será considerado completo quando a este for incluído a etapa do tratamento;
Corpo Receptor - Posteriormente ao tratamento, os esgotos são lançados nos chamados corpo receptores que, comumente é um curso d'água e eventualmente o solo. Em ambos os casos, há que se levar em consideração os materiais poluentes que permanecem presentes mesmo nos esgotos tratados, especialmente os organismos patogênicos e metais pesados;
Poços de Visita - Os poços de visita são estruturas complementares do sistema de esgotamento, cuja precípua é permitir a inspeção e limpeza da rede.
3.1 Coletores de Esgoto
Tubulação que tem como objetivo coletar e transportar as vazões de contribuição para um ponto de convergência. Estas tubulações devem ser assentadas no lado da rua o qual ficam os lotes mais baixos. Devem ser observadas a existência de: galerias de águas pluviais, redes de abastecimento de água, adutoras, tubos de gás, cabos elétricos e telefônicos.
Em casos de ruas com largura igual ou superior a 18 m devem ser previstas duas tubulações, uma em cada lado, de modo que sejam atendidos todos os domicílios e em profundidades convenientes.
3.1.1 Localização dos Interceptores
Esta tubulação pode ser localizada em vias sanitárias ou avenidas marginais como também em fundos de vale tratado.
3.1.1.1 Vias Sanitárias ou Marginais
É importante observar que os esgotos fluem através da ação da gravidade. Nesse sentido, os interceptores devem situar-se nos pontos mais baixos ou seja, nos fundos de vales em paralelo a um córrego da bacia.
3.1.1.2 Fundo de vale tratados
Referência
Andrade, J. B. Notas de aula - Saneamento Básico Sistema de Esgotamento Sanitário. Departamento de Engenharia. Curso de Engenharia Civil. Disciplina de Saneamento Básico. Universidade Católica de Goiás. 2006.
4. Dimensiosanamento da rede coletora
Os dutos que coletam as vazões tem sua funcionalidade garantida por ação da gravidade, nesse sentido o seu dimensionamento é realizado através da definição das vazões que, por elas serão transportadas. Destaca-se, portanto, duas parcelas distintas: as vazões concentradas e as vazões domésticas bem como as possíveis infiltrações que ocorrem nos mesmos.
As vazões dos esgotos domésticos coletados ao longo do trecho são calculados a partir da determinação dos coeficientes de contribuição ou taxa de contribuição doméstica “Td”, que podem ser determinadas através da relação com o comprimento do tubo ou com a área à ser esgotada. Essas taxas traduzem o valor global das contribuições domésticas máximas horárias dividido pela extensão total da rede coletora da área em estudo e são calculadas pelas seguintes expressões:
Td,i = (c.qi.K2.Pi) / (86400.li*)
Td,i = (c.qi.K2.d.ai) / (86400.li*)
Td,f = (c.q.K1.K2.df) / 86400
Td,f = (c.qf.K1.K2.Pf) / (86400.af)
c - coeficiente de retorno;
q - consumo efetivo de água [l/hab.dia];
K1 - coeficiente da hora de maior demanda;
K2 - coeficiente do dia de maior demanda;
d - densidade demongráfica [hab/ha];
P - população [hab];
a - área a ser esgotada [ha];
li* - comprimento médio de tubulação [m/ha]
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