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Feliz Dias dos Pais

terça-feira, 9 de março de 2010

A CONSTRUÇÃO CIVIL, O MEIO AMBIENTE E O ÓRGÃO PÚBLICO

A Construção Civil é um dos setores que mais cresce na atualidade. Responsável pela empregabilidade de inúmeros profissionais nas mais diversas profissões. É tambem responsável em acelerar o desenvolvimento de um país.
O período pós revolução industrial, ficou marcado pelo crescimento no processo de produção. Contudo, o engano fatal de que os recursos naturais não cessariam, culminou com os tão assistidos, sentidos e comentados - Impactos Ambientais!
O planeta tem sido tão explorado durante décadas e mais décadas, que já não suporta mais tanta devastação, sendo assim reage como pode: é o aquecimento dos continentes gelados, surgimento de maremotos, tsunames, terremotos, furacões, tornados, enchentes, enfim.
Estima-se que, hoje os mais de 6 bilhões de habitantes do planeta Terra consomem juntos cerca de 23% a mais dos recursos naturais que o planeta é capaz de recompor, e estudos mostram que até o ano de 2050 estarão esgotados mais de 50% de todos os recursos naturais.
Em combate a essa catástrofe ambiental, para a qual estamos caminhando, surge o conceito de Desenvolvimento Sustentável. Ambientalistas de todas as modalidades unem-se em favor de nossa causa em comum: a defesa de nossa casa natural!
Desenvolvimento sustentável é, de uma maneira simplista, um meio de consumo consciente, é a preocupação na preservação dos recursos naturais à gerações futuras.
O setor da construção civil é responsável pelo consumo de aproximadamente 40% dos recursos naturais. Mas, não é apenas o consumo destes recursos o principal causador dos impactos ambientais, há tambem a geração de resíduos, que quando mal destinados acarretam em sérios problemas.
Várias medidas foram tomadas, visando a redução na geração de resíduos de construção civil (RCC). Dentre elas podemos citar a resolução 307 do Conselho Nacional do Meio do Ambiente, publicada em 5 de julho de 2002. Esta resolução estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos RCC's. A mesma entrou em vigor em janeiro de 2003, e é lamentável afirmar que poucos são os municípios que se adequam a referida resolução.
Para se ter uma idéia da dimensão do problema, tome-se a capital Maceió como exemplo, a cidade sequer possui um Progrma Municipal de Gerenciamento de Resíduos de Construção Civil (PMGRCC), embora cobre das construtoras que apresentem um Programa de Gerenciamento de Resíduos de Construção Civil (PGRCC), quando nem mesmo possui um sistema de aterro sanitário em funcionamento e, todo resíduo sólido urbano gerado, é lançado de modo clandestino e arcáico em um lixão à céu aberto, localizado em plena zona urbana, existente há mais de 40 anos.
O setor responsável pela fiscalização da implementação do PGRCC nas construtoras não atuam com eficiência e eficácia por falta de recursos (humanos e físicos)!
Merecem saudações as construtoras que, se não em sua totalidade, mas que ao menos uma boa parte, realizam reaproveitamento de resíduos tais como os provenientes de: blocos cerâmicos, concreto, madeira, aço, argamassa, materiais provenientes de escavação, revendem plástico, papel, vidro... separam os resíduos por classe, conforme o disposto na resolução 307 do CONAMA:
classe A - resíduos que podem ser reciclados ou reaproveitados pela própria construção civil.
classe B - resíduos que podem ser reciclados ou reaproveitados por outros segmentos.
classe C - resíduos para os quais não foram desenvolvidas técnicas, economicamente viáveis, que possibilitem a sua recilclagem ou seu reúso.
classe D - resíduos perigosos.
E por falar em classe de RCC, o amigo leitor sabe o que está sendo feito com os resíduos provenientes da construção civil em Maceió?
Adianto que é uma vergonha comentar! Saibam que o Conselho Nacional do Meio Ambiente, veda o lançamento destes resíduos em aterros sanitários, lixões, lotes vagos, beira de cursos d'água, encostas bem como em áreas protegidas por lei.
No entanto é comum, depois de um passeio pela capital, encontrar montes de RCC misturados à outros Resíduos Sólidos Urbanos (RSU), inclusive na orla marítima (veja figura abaixo).A foto acima mostra uma região de belos coqueirais em frente ao mar, num bairro chamado Cruz das Almas, ondem aparentemente os RCC estão sendo lançados como "adubos"!
Este local, é propriedade da Marinha!
E para a prefeitura não ter como tentar justificar este fato ridícularmente vergonhoso, veja mais uma foto abaixo.


Esta área, amigo leitor, fica no bairro da Cambona, o prédio mais alto é o edifício de Engenharia do Cesmac (faculdade da rede privada).
A prefeitura pode alegar que trata-se de falta de educação do povo, e sendo comum, por parte de alguns politiqueiros: que as providências estão sendo tomadas, e que este terreno, periódicamente é limpo pelo órgão público compentente. Daí eu pergunto: E para onde é levado o resíduos coletados neste local?
Ah! Por favor não responda agora deixe-me tentar advinhar.








Para o tão famoso lixão de Maceió - Salve, Salve!


































Depois da morte de uma criança de 12 anos de idade, atropelado por um trator enquanto dormia (em meio ao lixo contido no lixão de Maceió), a prefeitura resolve assinar a ordem de serviço para que se iniciem as obras de construção do primeiro aterro sanitário de Maceió. Mas antes, o lixão de Maceió teve que virar manchete nacional. Não que outras capitais (na verdade a maioria delas) não passem pelo mesmo problema, o que também não deixa de ser uma vergonha.
Só pra fechar a postagem, o episódio fatal da morte da criança foi ano passado e está postado neste blog, o lixão continua em funcionamento e o aterro sanitário...
Posso afirmar que pouca genta fêz a conta de quantos por cento do nosso salário é gasto com impostos, destinado aos cofres públicos ou "meias e cuecas"!
Votar em um politiqueiro que não tem essa visão é jogar o voto no lixo, ou melhor no lixão de Cruz das Almas!

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