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Feliz Dias dos Pais

sexta-feira, 31 de julho de 2009

LUTO

A tragédia aconteceu! Infelizmente na mesma semana em que postei os artigos referente ao lixão de Maceió, juntamente com os vídeos do youtube mostrando crianças dividindo espaço com urubús.
Nesse momento, muitos devem estar buscando culpados: A irresponsabilidade dos pais; a falta de atenção de um operador de máquina, ou até mesmo o descuido de uma criança de apenas 12 anos de idade encontrada morta no lixão, atropelada por um trator enquanto dormia.
Os noticiários dão nota que o veículo passou por cima da cabeça de Carlos André da Silva (12).

Em um momento como este não devemos buscar culpados, pois se pararmos para pensar somos nós mesmos.
Somos culpados quando escolhemos mal nossos representantes; Somos culpados por não revermos nossos critérios de escolhas políticas; Somos culpados por nos contentarmos com tão pouco!
Lembro-me do caso Isabella Nardoni e do caso Eloá Cristina, a imprensa conseguiu fazer com que aquelas cenas de terrorismo chocassem o Brasil. Este caso do lixão de Maceió, por acaso é menos chocante?



Descanse em Paz, Carlos André!

COMPETITIVIDADE


Do que adianta tantos anos de estudos, tantos títulos colecionados, se todo esse talento não for bem aplicado?

Acredito que quando Deus nos dá algo, não é para que penduremos em um quadro na estante ou simplesmente enxertemos nossa conta corrente, ou então para nos gabarmos diante dos colegas. O conhecimento vem junto com uma missão a ser cumprida, e não junto com “poder”, soberba e vaidade.

Mas, infelizmente no mundo estressante capitalista e competitivo em que vivemos as coisas não são vistas dessa forma. Não sei dizer onde começa a competição, mas já observou que para tudo é competição?

Na igreja onde costumo ir aos domingos, por várias vezes se faz necessário que o pregador, antes do término do culto solicite que tenhamos paciência para sairmos do estacionamento, isso quer dizer: todo mundo quer ser o primeiro a ir embora!

Não conto às vezes em que estava no estacionamento de um supermercado esperando alguém desocupar uma vaga, e quando surge, nesse exato momento, alguém não muito educado me rouba a vaga;

E na parada de transporte coletivo urbano a situação é ainda mais grave, no momento em que o coletivo chega é empurra-empurra, se vacilar leva cotovelada, pisada no pé, a disputa agora é por um assento;

E os dependentes do SUS, é uma confusão na hora de entregar as famosas fichas;

Lembram do dia da entrega das fichas para cadastro do programa “Minha Casa, Minha Vida” para pessoas que recebem até um salário mínimo? Não associo o ocorrido ao fator socioeconômico, mas sim a um instinto infelizmente pobre que muitos não conseguem dominar;

Na universidade, tem sempre um engraçadinho que pergunta sua nota, só para se envaidecer porque possivelmente a nota dele foi maior que a sua, nem que seja por um décimo. Ah! Detalhe nem pense em pedir para estudar com ele, ele não vai estudar com você!

Sou servidor público efetivo e acredite já fui tido como ameaça no setor onde trabalhei por 04 anos, simplesmente por exercer meu trabalho dentro da moralidade, da legalidade e acima de tudo com ética. Não digo que fui, nem que sou um servidor exemplar, mas garanto que tudo que fiz foi pensando no público, nunca no prefeito, no secretário ou na coordenadora. Nunca pensando no salário, ou nas péssimas condições de trabalho, aliás, se fosse pensar nisso, penso que não trabalharia mais...

Mas a competitividade é grande mesmo, mas por quê? Para que? O que levaremos dessa vida, mesmo para os que acreditam em reencarnação?

Não digo a vocês que nunca agi com espírito de competição, mas confesso que todas as vezes que assim agi me arrependi amargamente, pois quem assim vive nunca se completa, há sempre um vazio a ser preenchido, ou seja:

Quem vive em estado de competição torna-se uma pessoa vazia e medíocre, sem paz interior!

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Maceió está Melhorando?

Você que acha que Maceió está melhor, no mínimo pode estar reclamando do preço do colégio dos filhos, da espera na urgência e emergencia do seu plano de saúde... mas se você depende do sistema único de saúde certamente não terá essa mesma opinião, mesmo que sua rua esteja toda pavimentada, pois quando chove, para onde escoam as águas pluviais?
E há quem pense que desenvolvimento urbano é sinônimo de caos, ouvi isso de um amigo quando eu reclamava do trânsio caótico da cidade. Mesmo com algumas obras, que sabemos, não é dígna de ser chamada faraônica, o escoamento de veículos na cidade é lento.
Você sabia que Maceió tem a menor cobertura do Programa Saúde da Família (PSF )do estado? A informação foi divulgada em um dos jornais de maior circulação do estado em 06 de Abril de 2008, nesse período o PSF estava prestes a completar 15 anos de instalado no Brasil.
O PSF chegou em Alagoas em 1995, na época contava com 13 equipes, sendo 11 no interior do estado. Até a data da publicação da matéria na imprensa, a informação era de que o PSF em Maceió tinha uma cobertura de 27% da população.
Dentre as dificuldade para ampliar a área de cobertura encontra-se a falta de imóveis legalizados em determinados bairros de Maceió (naquelas comunidades mais carentes).
Ora, a quem compete a legalização dos imóveis?

A reclamação do grande empresário é o transito que não flui, é a fila do banco que está enorme e ele precisa fazer apenas um depósito em sua conta, enquanto aquela mãe, que se encontra com seu filho enfermo é a demora do coletivo que quando vem está superlotado, é a fila para pegar uma ficha de atendimento médico, é a demora para receber o resultado do exame... quando ela consegue realizar!
O problema não é a falta de profissional competente no quadro do serviço público, o problema é a falta de salários e condições de trabalho dígnos, é a falta de respeito para com o servidor, falta a valorização profissional, falta acabar com essa politicagem dos "favorecidos indicados", falta acabar com a "burocracia de gaveta", falta acabar com o famoso "jeitinho", falta liderança, falta ética!
Saibam amigos leitores que, quem detem o poder no serviço público não são os servidores, a maioria são os fantasiados de servidores.


terça-feira, 28 de julho de 2009

Saneamento é saúde


A resolução CONAMA n° 307/2002 obriga os grande geradores de resíduos, desde 2005, a segregar os entulhos de construção no próprio canteiro de obras, bem como sua destinação adequada.

A mesma resolução exige a elaboração do Plano de Gerenciamento dos Resíduos de Construção Civil – PGRCC. Esta é uma exigência que a construtora deve cumprir para obter o licenciamento junto às prefeituras municipais. O PGRCC serve para que o órgão municipal de proteção ao meio ambiente possa estar avaliando a quantidade e a qualidade dos resíduos daquela construção e dessa forma poder definir o destino final ambientalmente correto.

A legislação brasileira classifica como crime ambiental a disposição inadequada dos resíduos de construção civil.

A supramencionada resolução CONAMA define e classifica os resíduos de construção civil da seguinte maneira:

Resíduos de Construção Civil: São os provenientes de construções, reformas, reparos e demolições de obras de construções civil, e os resultantes da preparação e da escavação de terrenos tais como: tijolos, blocos cerâmicos, concreto em geral, solos, rochas, metais, resinas, colas, tintas, madeiras e compensados, forros argamassas, gesso, telhas, pavimento asfáltico, vidros, plásticos, tubulações, fiação elétrica, etc., comumente chamados de entulhos de obras, caliça ou metralhas (CONAMA, 2002).

Quanto a classificação:

CLASSE A: São os resíduos reutilizáveis ou recicláveis como agregados;

CLASSE B: São os resíduos recicláveis para outras destinações, tais como: plásticos, papéis/papelão, metais, vidro, madeiras e outros;

CLASSE C: São os resíduos para os quais ainda não foram desenvolvidas tecnologias ou aplicações economicamente viáveis que permitam a sua reciclagem/recuperação, tais como os produtos oriundos do gesso e;

CLASSE D: São os resíduos perigosos oriundos do processo de construção tais como: tintas, solventes, óleos e outros ou aqueles contaminados ou prejudiciais a saúde oriundos de demolições, reformas e reparos de clínicas radiológicas, instalações industriais e outros, bem como telhas e demais objetos que contenham amianto ou outros produtos nocivos a saúde.

Em Maceió o órgão responsável por emitir a licença ambiental para as construtoras é a SEMPMA – Secretaria Municipal de Preservação do Meio Ambiente. De acordo com a resolução CONAMA, a SEMPMA tem exigido que as construtoras apresentem seu PGRCC.

Certamente estes documentos muito bem elaborados agradem aos olhos de quem os leêm, mas e a prática? Como comprovar que as construtoras de fato põem em prática seu PGRCC?

Outro detalhe é que a resolução é datada de 5 de julho de 2002, fora publicada em 17 de julho do mesmo ano no Diário Oficial da União – DOU, vigorando a partir de 2 de janeiro de 2003. Qual o destino ambientalmente correto que a prefeitura de Maceió tem dado a esses resíduos se apenas agora (2009) se cogita sobre a construção do aterro sanitário?

Ao visitar uma empresa que coleta os entulhos de construção civil na cidade de Maceió, fui informado o seguinte:

A empresa coletora e transportadora dispõe os contêineres, a construtora deveria ser responsável pela segregação, e quanto ao resíduo de gesso, classificado como classe C, normalmente a empresa gesseira que é contratada para realizar a aplicação do material fica sendo a responsável por não misturar seus resíduos com outros tipos de entulhos. Em seguida a empresa que deve ser licenciada pela SEMPMA coleta os resíduos e seu destino final para quem ainda não sabe é o vazadouro de Cruz das Almas.

E ainda segundo informações coletadas todo resíduo sólido urbano é misturado com o auxílio de um trator, o material de construção civil, o famoso entulho é simplesmente usado como cobertura para o que os técnicos da SLUM insistem em chamar de Aterro Controlado – e eu chamo de o “Clandestino Lixão” já tratado aqui em outra postagem.

O cidadão precisa entender que antes de ir as urnas e escolher o seu candidato é preciso avaliar as propostas apresentadas pelos candidatos, e ter senso crítico para saber as que são possíveis e necessárias, as que são possíveis mas que não são prioridades e as que não são possíveis, isso depois de ter descartado aquele candidato que se lançou na política apenas para denegrir a imagem do seu oponente e conseqüentemente a própria imagem.

Saneamento é saúde!

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Resíduos Sólidos de Maceió


Maceió, de acordo com dados apresentados no Plano de Saneamento, documento elaborado pelos técnicos da Superintendência de Limpeza Urbana Municipal (SLUM) em 2008, produz cerca de 1.390ton.lixo/dia. Todo esse lixo vem sendo lançado deliberadamente no vazadouro de Cruz das Almas desde 1967! São 33 ha, sendo 22ha ocupados de um misto de resíduos sólidos, estima-se que exita um volume equivalente a 900.000m3. O vazadouro não possui drenos para o lixiviado, os drenos de gás encontram-se encobertos de lixo, o local é de difícil acesso para os veículos. Ao depositar a tonelada diária de resíduo, simplesmente um trator empurra o lixo e somente no verão é que são encobertos por terra. De acordo com o diretor de operações da SLUM o entulho da construção civil é utilizado como material para o cobrimento.
Em uma palestra que me fiz presente, um representante do Instituto Chico Xavier (antigo IBAMA) informou que o Lixão de Maceió põe em risco o transporte aéreo, por estar inserido no que é denominado por ASA - área de segurança aéroportuária devido a presença de aves (urubus) atraídas pelo lixo, graças a Deus até agora não tenho conhecimento de nenhuma tragédia aérea aqui em Maceió, mas já que há o risco, melhor evitar! O fato é que existe um documento disponível na internet no site do Ministério Público (www.mp.al.gov.br/institucional%5Ccentros_de_apoio%5C1_cao%5Cinfancia_e_juventude%5Cacao_civil%5CACP%20%20Lixão%20%20Mac...), onde afirma que o lixão não possui licença ou seja atua na clandestinidade.
Agora, depois de 40 anos, sendo a única capital nordestina a não possuir um local adequado para disposição final do lixo, a prefeitura resolve instalar um aterro sanitário, que deverá ser construído no Benedito Bentes.

Finalmente nos próximos 7 meses, Maceió terá um local para dispor seus resíduos sólidos sendo respeitada a legalidade, a moralidade, o bom senso, e a saúde do cidadão maceioense, ao menos é o que eu espero, tendo em vista que, o processo licitatório ja ocorreu, e que no momento os processos tramitam no conselho municipal do meio ambiente, que tem um prazo de 30 dias para apresentar o resultado (deferido ou indeferido), assinada a ordem de serviço pelo prefeito em exercício a constrtora vencedora da licitação tem um prazo de 180 dias para entregar a primeira célular sanitária pronta para receber os resíduos sólidos de Maceió.
É importante o macioense saber que esta obra não serve de campanha eleitoreira. A prefeitura vem sendo forçada cumprir esta exigencia faz anos.

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