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Feliz Dias dos Pais

quinta-feira, 1 de abril de 2010

O SERVIÇO PÚBLICO

Quem nunca perdeu a paciência com o serviço público? São filas enormes, demora no atendimento e o limite de atendimento diário (as famosas fichas). E quando se consegue chegar à frente na fila, já no balcão de atendimento, a servidora pública ou o servidor público lhe diz que você tem que ir em outro departamento. Você já chateado e impaciênte, não vêr outra alternativa, senão ter que voltar outro dia, pois já é quase meio dia e, provavelmente, não haverá ninguém para atendê-lo(a). E a saga do serviço público não acaba por aí, no dia seguinte você dirige-se ao setor que lhe fora orientado(a) e, ... até que enfim, consegue dar entrada no seu processo, agora é só aguardar, aguardar, aguardar, aguardar e aguar... "Ops, deixa para lá!"
Bom, bom não, Péssimo, de repente você acorda no meio da noite com uma dor, você está desempregado e está sem plano de assistência médica (que isso não lhe aconteça, embora alguns de nós ja passamos por algo parecido na vida)! Áh, mas você se lembra que paga seus impostos em dias, é hora então de usufruir do Sistema Único de Saúde que, por sorte, para os de classe média não é único, para os pobres também não! Para os pobres é a única coisa que existe. Eu disse "coisa"? É isso mesmo, coisa!
Primeiro, você corre deseperadamente para um mini proto socorro (ainda existe isso!), lá eles não podem te atender, você deve dirigir-se ao Hospital Geral do Estado (HGE), já que aquí em Alagoas é só o que têm! Você chega no HGE e o que vêr? Ambulância de todos os municípios do Estado de Alagoas e os carros do SAMU e dos Bombeiros chegando de instante em instante, algumas pessoas sentadas nos meios fios, esperando algum paciente possivelmente impacientemente ou esperando algum impaciente pacientemente, já que é preciso ter muita paciência!
Passada essa primeira "boa impressão" é hora de ir fazer o prontuário, um "cara" mal humorado nem olha direito para você e pergunta seu nome, o que aconteceu, endereço, idade, tipo sanguíneo, nome da mãe, do pai, quantos irmãos, ocupação profissional, nacionalidade, naturalidade, número do RG, CPF,... penso que o leitor, a essas alturas ou se diverte ou está ficando chateado! Claro que há um pouco de exagero e um pouco de sátira (nessa última frase apenas), mas, é mais ou menos isso o que acontece! Depois das desculpas esfarrapadas, voltemos a nossa historinha da vida real de milhões de brasileiros. De repente você vêr uma maca (no meio do salão de espera) com um paciente todo envolto em um lençol branco (ou quase isso), uma mulher chorando e uma, ou duas, ou três, ou mais crianças, quase todas na mesma idade, bem próxima a mulher que chora!
Você percebe que o "negócio alí" é grave e dígno de uma certa urgência (mesmo sentindo dores, incrível, você, educado que é, consegue perceber todos esses detalhes).
É isso ai amigo, é sua vêz, é hora de você circular por um corredor intransitável, você não sabe se está em um hospital ou se está em um campo de tratamentos de feridos de guerra. Têm um idoso deitado no chão com o sôro amarrado em uma cadeira, e na cadeira há um paciente mais jovêm sentado e também está tomando sôro. É amigo, será que você consegue chegar até o fim do corredor? Penso que já lhe deu vontade de voltar pra casa e tomar aquele velho analgésico, talvêz nem esteja mais sentindo a dor o levou até aquele cenário macabro!
Mas você chegou até aquí, então vamos até o fim (espero que não seja o fim, você deve estar pensando).
Entra na sala do médico, ele te faz algumas perguntas, você olha nos olhos dele e, parece que está embriagado (é sono meu amigo, é cansaço). Depois de te examinar, o médico, quando te resolve medicar por lá (se tiver medicamento neste dia) aí ele te passa um analgésico e te manda procurar um posto de saúde!
Você toma o analgésico, normalmente injetável (quando não falta agulha, seringa, luvas de procedimentos e quem aplique). No dia seguinte, no dia seguinte não, já estamos no dia seguinte, o amigo procura a unidade de saúde mais próxima. Tudo começa numa fila e termina alguém lhe dizendo que você não pertence a área de cobertura daquela unidade de saúde...
Chega já deu pra sentir o drama que centenas de pessoas passam todos os dias, tudo isso depois de ter ficado horas a fio em um ponto de ônibus, ter subido em um transporte coletivo super lotado e ter dado graças à Deus por ter chegado ao destino sem ter sido assaltado...
Esse é o valor do nosso voto, esse é o valor se assim podemos chamar...

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