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segunda-feira, 11 de abril de 2011

O QUE ESTÁ SENDO FEITO COM OS RESÍDUOS DE CONSTRUÇÃO CIVIL EM MACEIÓ?

foto ilustrativa extraída de http://genilsonsantos.wordpress.com/page/6/

Durante décadas os resíduos sólidos urbanos gerados em Maceió foram depositados no lixão de Cruz das Almas. Dados apresentados na Tribuna Independente em 30 de Março de 2008, afirmam que 60% dos resíduos depositados no Lixão de Maceió são oriundos da construção civil. Na época, de acordo com o então assessor técnico da Superintendência de Limpeza Urbana de Maceió (SLUM), Alder Flores, o Lixão de Maceió, recebia cerca de 1200 toneladas de lixo diariamente.
Os resíduos de construção civil devem ser separados por classes e não devem ser misturados com resíduos de outras origens, como por exemplo, os resíduos domésticos  hospitalares.
Até o ano passado (2010) Maceió descumpria o que determina a resolução 307/2002 do Conselho Nacional do Meio Ambiente. A mesma determina que, os Municípios deveriam reservar uma área específica para destinação final desse tipo de material.
O CONAMA determinou um prazo para que os municípios se adequassem à norma, esse prazo expirou em 2004.
Os resíduos da construção civil, muitas vezes são como doenças assintomáticas, você não sente, mas ela existe e pode levar a morte. Na maioria dos casos os resíduos de construção civil não liberam mau cheiro, porem pode ser nocivo tanto ao meio ambiente como a saúde.
A indústria da construção civil é uma das maiores causadoras de impactos ambientais. Tais danos ao meio ambiente ocorrem desde a extração da matéria prima até a destinação final dos resíduos. Resíduos como: tintas, solventes, gesso, óleos e outros componentes químicos são extremamente tóxicos e contaminam o solo, podendo ainda contaminar os lençóis freáticos além de causar doenças respiratórias ou até mesmo cancerígenas.
Os considerados grandes geradores de resíduos, normalmente possuem metas de gerenciamento de resíduos, estas metas visam, primeiramente a não geração dos resíduos e como metas secundárias, a redução na geração de resíduos, a coleta seletiva, o acondicionamento, o transporte e a destinação final. Contudo, os dados apresentados  pela Tribuna Independente em Março de 2008 aponta que apenas entre 15% e 30% dos resíduos de construção civil depositados no lixão, eram oriundos de construção formal e entre 70% e 85% oriundos de construções informais.
Os dados ligados a desperdício aparentemente não assustam, até ser mais bem analisado. O desperdício chega a 25%, ou seja, para cada quatro casas construídas são desperdiçados materiais suficientes para se construir uma quinta casa. Percebe-se com isso que o prejuízo não é somente ambiental, mas também econômico.
Observa-se também que se trata de uma questão social. Por isso deve-se investir em educação. Sabe-se que cerca de 40% a 60% dos resíduos podem ser reaproveitados ou destinados a outros setores para reaproveitamento ou reciclagem.
Ainda de acordo com a Tribuna Independente, na Bahia e em Minas Gerais, foram criados os chamados “Brechós da Construção”, são entidades que não visam o lucro, serve apenas em atendimento a comunidade de baixa renda.
Atualmente existe em Maceió uma Central de Triagem e Transbordo de Resíduos Sólidos - CTTRS, administrada por uma empresa privada. A Superintendência de Limpeza Urbana de Maceió - SLUM não realiza a coleta gratuitamente sendo assim, se faz necessária a contratação de uma empresa para realização desse tipo de trabalho. A SLUM ainda aplica multa para aqueles que destinarem incorretamente os resíduos seja ele de que natureza for. Tenho percebido diariamente que  Diário Oficial de Maceió – DOM tem apresentado ação da SLUM em combate a destinação incorreta dos resíduos sólidos urbanos. Observando de longe o cenário ridículo do lixão de Maceió desapareceu e a CTTRS parece funcionar a todo vapor. Digo parece, porque a última vez que tentei obter acesso esta foi impedida pela burocracia.
A grande pergunta que ainda faço é a seguinte:
Os resíduos domésticos estão sendo lançados nas células da CTTRS, os resíduos hospitalares, estão destinados pela Serquip (empresa pernambucana especializada em gestão de resíduos sólidos). Resta saber sobre o Plano Municipal de Gerenciamento de Resíduos de Construção Civil e qual o tratamento e destinação final que está sendo dado aos RCC’s de um modo geral, em especial aos resíduos de classe C como o gesso?


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