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Feliz Dias dos Pais

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

COMO CRESCE MACEIÓ parte 1

Os que conheceram Maceió há cerca de 20 anos, podem notar um crescimento radical da cidade nestes últimos anos. São centenas de imóveis surgindo, vias antes compostas em sua predominância total de residências hoje poucas são as residências e quando há, normalmente são edifícios de 8 ou mais pavimentos.
Atualmente, as previsões de crescimento são ainda mais assustadoras, fala-se de dezenas de centenas de unidades residênciais a serem implantadas. Esses empreendimentos pretende absorver todas as câmadas sócio-econômicas da sociedade.
Mas, a grande questão é... Maceió está preparada para um crescimento deste porte?
Na verdade o interesse maior está no capital, pois se observarmos o código de urbanismo da cidade, são destinados apenas 5% do total de área a ser construído para as instalações de equipamentos públicos, ou seja: posto de policiamento, terminais de transporte coletivo, unidades escolares, e unidades de saúde, contudo não há observação quanto às dimesnões mínimas dos lotes a serem destinados a tais equipamentos.
Na realidade, quando se diz respeito aos serviços públicos prestados, podemos dizer que a oferta já não atende a demanda. Com relação ao Programa de Saúde da Família, em toda Capital alagoana fala-se de 25% à 27% a quantidade de famílias cadastradas. Desta forma se a cidade continuar crescendo em número de habitações certamente teremos um deficit ainda maior.
Transitar na cidade, claro que nada comparado à São Paulo ou outra grande metrópole, mas convenhamos, ainda não somos uma grande metrópole, está quase impossível, embora tenhamos os transtornos com as obras de saneamento que vem sendo realizada em toda a cidade, obra esta esperada por quantos anos para sua realização?

E quando se trata de equipamentos públicos, não podemos simplesmente exigir que se deixe áreas para tal, existe todo um estudo relativo á equipamentos existentes no entorno e seu raio de influência, estudo relativo a previsão do crescimento urbano de modo que se possa estar instalando equipamentos públicos que não permitam a existências de áreas descobertas pelos serviços de atendimento público os chamados "vácuos", "buracos negros" ou "vazios".
Deve-se pensar na mobilidade, afinal qual a situação atual do maceioense com relação ao transporte público? Qual a situação do maceioênse com relação aos passeios públicos? E as áreas verdes?
Quando se fala em crescimento urbano é preciso pensar nos mais diversos impáctos por ele provocado, obviamente que como dizia Roberto Carlos em uma de suas canções "Não sou contra o progresso, mas apelo pro bom senso..."
A cidade precisará de mais vias de escoamento do trânsito, de mais espaço para depósito de resíduos urbanos.
Numa das reuniões em que participei algo me deixou intrigado, temos total consciência da ineficiência dos serviços públicos, tanto que de acordo com a renda familiar é possível prever se aquela família será usuária ou não dos serviços públicos e assim descartar ou não a instalação, naquele local, de equipamentos públicos. Então eu me pergunto por que a câmada da sociedade que tem renda familiar de mais de três salários mínimos mensais não quer usar os serviços públicos, acaso estarão estes insentos dos pagamentos de tributos e impostos?
Outra grande indagação é a seguinte: Um crescimento desenfreado deste nível, ainda que sejam realizados todos os estudos cartográficos, demográficos e de impáctos, encontradas as melhores soluções e sejam reservadas as áreas para as instalações dos devidos equipamentos públicos, o município terá condições econômicas para assumir as futuras despesas? Pois haverá com isso a necessidade de recurso humanos, materiais permanentes e de consumo. Se, na atualidade, o poder público não tem tido condições para manter nem as unidades públicas existentes, imagine com esse acréscimo!
Senhores, é preciso tomar cuidado com as palavras progresso, desenvolvimento e crescimento, observar o seu verdadeiro significado e certamente nada tem a ver com inchaço urbano!

terça-feira, 27 de julho de 2010

ANO DE ELEIÇÃO





















É pessoal estamos em ano de eleição e por isso me veio algumas reflexões!
Em certa ocasião em que conversava com um amigo o escutei dizer: "...o povo que é safado, tanto fiz durante um ano, mas na hora de votar, poucos foram os que votaram em mim. A maioria se trocaram por vinte ou cinquenta reais..."!
Neste momento eu não tive palavras, escutei a indignadade de um homem revoltado por ter perdido a eleição nas urnas, quando dias antes as pesquisas o indicavam no topo das intensões de voto.
Dias depois me pus a pensar, será mesmo que o povo se vende por tão pouco? (está claro que sim)! Então por quê isso acontece?
Cheguei a conclusão que essa situação é alimentada por um bando de politiqueiros covardes, estes que se apoiam na tão deturpada democracia em benefício próprio, contudo mentem descaradamente com sorrisos populares, beijos e abraços calorosos, em cenas perfeitamente teatrais!
A verdade é que nós alimentamos essa pouca vergonha, somos contribuintes do lamaçal no qual estamos metidos. Elogiamos um prefeito quando este inaugura um viaduto ou quando manda assentar algum paralelepípedos na nossa rua ou simplemente tapar os buracos. Consideramos este como sendo "O Cara"! Mas quais as atribuíções de um prefeito? Ficar sentado "mamando nos seios do Povo" enquanto caimos em desgraça?
Será que achamos que o motorista de transporte coletivo é "O Cara", simplesmente porquê o ônibus está lotado, ou o cobrador porque nos deu o troco correto?
Será "O Cara" o porteiro simplesmente porque abriu a porta para passarmos, ou o garçom porque nos trouxe a comida em uma bela bandeija arranjada?
Creio que minha lista seria imensa, mas normalmente não consideramos nenhum desses como sendo "O Cara", temos plena convicção que estão simplesmente cumprindo com o exercício de sua profissão!
Dessa forma tambem deve ser com o prefeito, com o governador, com o presidente, com o Juíz, o delegado, o policial e etc.
A questão é que, entra ano, sai ano e a favela continua lá, com seus habitantes famintos e doentes, pessoas necessitadas que desconhecem ter um empregado para cobrar o cumprimento de suas obrigações. Afinal de contas o político eleito nada mais é o do que nosso empregado, ele foi eleito para nos servir e não para que nós o sirvamos. O político eleito deveria ser um Servidor Público e nós somos o público, portanto devemos sim cobrar deste que cumpra com as obrigações de servidor!
Não há mérito quando um prefeito inaugura uma unidade de saúde, uma rua, um viaduto, uma creche ou uma escola.
Mas a fome fala mais alto, a saúde é um momento de fraqueza tanto física como psicológica, e é obvio que pessoas sem informação receberão a ajuda de um crápula em troca de um voto, acreditando que este é "O Cara", simplesmente porque recebeu um colchão novo ou um par de óculos ou um mileiro de tijolos ou uma cesta básica ou um enxoval de bebê!
Contudo, nós, pessoas esclarecidas, inteligentes, muito bem informadas, não podemos admitir tamanha vergonha pública! Contar vantagens, apoiadas na obrigações cumpridas, nós não podemos aceitar!
Vamos cobrar, vamos exigir! Não podemos deixar que nos façam de idiotas, é isso mesmo o que estão fazendo conosco ao mesmo tempo que enriquecem as nossas custas!
PS.
Certamente um bom Líder será sempre um bom Líder, tendo em vista que não existe mau Líder, porém um bom Chefe ou um mau Chefe será sempre um Chefe!

quinta-feira, 8 de julho de 2010

ENGENHARIA TAMBEM É SAÚDE




















Diante do quadro agravante que se encontra algumas cidades dos Estados de Pernambuco e Alagoas não é novidade o surgimento de vítimas fatais de doenças tais como a Leptospirose.
Nesse cenário de tragédia é de fundamental importância a presença de engenheiros das mais diversas áreas, e por que não evidenciar a importância do Engenheiro Sanitarista?
No último dia 04 de julho de 2010, faleceu no Hospital Geral do Estado, vítima da Leptospirose, o jovem de apenas 19 anos de idade Edjelisson Lopes da Silva. Já foram contabilizados 34 casos suspeitos (de leptospirose), sendo 06 desses casos, confirmados e dentre esses foram registrados dois óbitos. Esses dados foram apresentados na pagina oficial do Alagoas 24 horas no dia 08 de julho de 2010.
Diferentemente do ano passado, este ano, Alagoas teve 28 municípios atingidos pelas enxentes, que resultou em destruíção quase que total de algumas cidades do interior, como foi o caso da cidade de Branquinha-AL e São José da Laje (figura ao lado). Contudo, o número de óbitos por leptospirose, no periodo de 25 de maio a 13 de junho do ano passado (2009), foram registrados o mesmo número de óbitos (dois) dos 24 casos da doença confirmados, número este considerado grande em relação ao deste ano se levarmos em consideração as inundações  devido as fortes chuvas ocorridas no dia 18 de junho de 2010. Talvez, fosse esperado um aumento acentuado nestes números, considerando o fenômeno natural ocorrido.
A leptospirose é transmitida através do contato direto com a urina de roedores, desde que estes estejam infectados pela Leptospira. Quando há casos de inundações a bactéria Leptospira se dissemina na água que invade as casas e, através do contato com a pele do ser humano o contamina, principalmente quando há uma lesão ou mucosa o que não significa dizer que a ausência destes a pessoa esteja imune, a depender do tempo de exposição.
No ser humano a Leptospirose pode apresentar diversos sintomas tais como: febre, fortes dores de cabeça, dores musculares, icterícia, anorexia, nauseas e vômitos e pode chegar a hemorragias e insuficiencia renal, que de acordo com o Ministério da Saúde, entre 10% a 40% desses casos, culminam em óbito.
Como se pode observar, o principal vetor da doênça é o roedor e em termos mais comuns, o rato de telhado (rattus rattus) (figura ao lado), a ratazana (de praia ou de esgoto) e o camundongo (mus musculus). Esses animais são atraídos por lixo, daí a grande importância de um bom acondicionamento do lixo doméstico e dos alimentos. As galerias de águas pluviais, também devem estar desobstruídas facilitando o escoamento das águas das chuvas e impedindo assim o acúmulo das mesmas. "A obstrução das bocas de lobo, por exemplo, pode provocar o alagamento do espaço público e até a inundação das casas, propiciando a disseminação da Leptospirose" afirmou Sandra Canutto, Superintendente de Vigilancia em Saúde em 2009.
É importante que os governantes estejam atentos ao valor de um Engenheiro e seu diferêncial potêncial, investir em obras de infra-estrutura e saneamento básico é extremamente importante para qualquer comunidade. A engenharia nesse caso, como em muitos outros que podemos citar, tem seu valor focado como medida preventiva, minimizando com isso os transtornos das correções emergenciais.
Por fim, Engenharia é mais do que simplesmente cálculo como muitos pensam, é cidadânia e também é saúde!

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