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Feliz Dias dos Pais

sexta-feira, 3 de abril de 2015

A BUSCA PELA CURA PODE PROVOCAR A MORTE

A edição de número 877 de 30 de Março de 2015 da revista Época, apresenta como matéria de capa a história vivenciada por Daniele Medeiros, pedagoga, funcionária pública de 33 anos que sofreu várias sequelas provocadas pela ação dos efeitos colaterais de um determinado medicamento anticoncepcional. Desta vez, não se trata de automedicação.
De acordo com a matéria publicada na revista, Daniele é portadora de trombofilia.
O portal do Dr. Ricardo Barini (http://www.barini.med.br) explica que as trombofilias podem ser adquiridas ou hereditárias. Estas promovem alterações na coagulação sanguínea e consequentemente eleva o risco para trombose. No caso de Daniele trata-se de trombofilia hereditária.
Daniele também era portadora de ovário policístico e se queixava de fortes cólicas menstruais. Com o intuito de tratar tais cistos ovarianos ela procurou uma ginecologista que lhe deu duas opções: a remoção do ovário policístico ou o uso de pílula anticoncepcional. Tendo em vista o desejo de Daniele de ser mãe, esta optou pelo tratamento medicamentoso, contudo a paciente informou ser portadora de trombofilia.
Salienta-se que, portadoras dessa patologia estão mais suscetíveis a formação de coágulos sanguíneos quando fazem uso de hormônios, podendo desenvolver trombose nas veias, embolia pulmonar, trombose nas artérias do cérebro, acidente vascular cerebral (AVC), paralisia e até a morte.
O Dr. Barini cita que "o sucesso gestacional depende de uma adequada circulação útero-placentária" e que "anormalidades nessa rede vascular se relacionam com várias patologias gestacionais, entre elas: abortos, óbito fetal, RCIU, pré-eclampsia, DPP".
Diante da situação, a ginecologista que atendeu Daniele receitou um medicamento com baixa dosagem hormonal a base de drospirenona (substância semelhante à progesterona) e etnilestradiol.
Após três meses de tratamento vieram as consequências: Daniele sofreu embolia pulmonar, teve três paradas cardíacas, ficou dois meses internada e 40 dias em coma. Teve que passar por uma traqueostomia, não podia falar ou se mover.
Segundo Época até a data da matéria Daniele andava ainda apresentava dificuldades ao andar, embora já tenha se livrado da cadeira de rodas e da cadeira de banho.
Outra sequela que deixou Daniele marcada para o resto da sua vida foi a perda de todos os dedos dos membros inferiores estes "precisaram ser amputados por causa de uma necrose, provocada pelos medicamentos que a mantiveram viva".
Impulsado pelos efeitos adversos graves relatadas por centenas de usuárias de medicamentos à base de drospirenona e de centenas de mortes, os riscos provocados pelo uso de anticoncepcionais tem sido discutidos tanto nos Estados Unidos da América (EUA) quanto nos países Europeus.
Nos EUA, anticoncepcionais à base de drospirenona são comercializados normalmente, uma vez que ficou comprovado que os benefícios dessa substância superam os riscos provocados por ela, no entanto, a exigência é de que os fabricantes explicitem de maneira clara e enfática nas bulas alertas dos riscos e contraindicações. No Canadá e na França o medicamento é vendido apenas sob retenção da receita. Já no Brasil... a revista informa que nada foi feito.
A revista traz um dado expressivo de que no Brasil existem 11 milhões de usuárias de pílulas anticoncepcionais.
 
Nota da Redação
 
Fica o alerta! Embora a matéria de Época cite o nome do medicamento, pelo que entendi os problemas estão diretamente associados ao hormônio sintético denominado Diprospirenona que, assemelha-se ao hormônio produzido naturalmente pela mulher, a Progesterona.
Percebe-se também que os agravos são maiores quando se trata de paciente com histórico familiar de trombofilia, no entanto, mesmo pacientes que não relatem tal histórico o risco ainda existe.
Um dado apresentado pela edição da revista retrata que 92% das mulheres que fazem uso do medicamento à base da substância não foram alertadas pelo profissionais médicos sobre o risco de trombose.
Questiono-me até que ponto é sensato afirmar que "os benefícios das pílulas continuam a superar os riscos" e que os alertas sobre os riscos devem constar na bula, simplesmente!

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