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Feliz Dias dos Pais

segunda-feira, 6 de abril de 2015

O ÚLTIMO VOO - VOO 4U 9525 GERMANWINGS

Fonte: http://www.dw.de/
O ocorrido em 24 de março com o voo 4U 9525 do Airbus A320 da companhia aérea Germanwings que saiu de Barcelona na Espanha com destino a Düsseldorf na Alemanha, nos leva a pensar no quanto de fato é confiável viajar de avião.
Apesar de toda tecnologia que equipa as aeronaves, será que alguma coisa poderia impedir o terrível "homicídio suicida" típico de ataque terrorista que, culminou com a morte de 150 pessoas (144 passageiros e 6 tripulantes) de 15 nacionalidades, incluindo um bebê de apenas 7 meses de idade?
O que de fato pode explicar o que leva um jovem de apenas 27 anos de idade, com 630 horas de experiência de voo, literalmente derrubar uma aeronave quando em seu comando?
Os dois momentos críticos em viagens aéreas são o momento da decolagem e o momento do pouso, quando as máquinas passam a ser operadas manualmente.
A 11.600 metros de altitude (voo de cruzeiro) o 4U 9525, comandado pelo piloto Patrick Sondenheimer, casado, pai de dois filhos, com mais de 6.000 horas de voo, colocou o airbus A320 para operar em piloto automático. As 10h28, de acordo com as matérias divulgadas na mídia, Sondenheimer ausentou-se da cabine deixando o copiloto Andreas Lubitz sozinho. Momentos depois teria início o pesadelo de toda tripulação - o "mergulho mortal", foram momentos de tensão que duraram cerca de 8 minutos!
Lubitz, segundo a revista Época de 30 de março de 2015, reprogramou o piloto automático para baixar de 12.000 metros de altitude para 30 metros (o mínimo aceito pelo computador de bordo) nos Alpes Franceses.
De acordo com o portal www.dw.de, no dia 31 de março a revista Paris Match informou sobre a existência de um vídeo gravado em um aparelho celular, que teria sido encontrado por um dos investigadores do acidente, em que na gravação observa-se que os passageiros tinham consciência do que estava acontecendo. Segundo a matéria, no vídeo é possível ouvir a frase "Meu Deus" sendo pronunciada em várias línguas.
Andreas Lubitz ingressou na escola de pilotagem ainda quando tinha 14 anos de idade, na LSC Westrwald, escola de pilotagem do aeroclub da Cidade de Montabaur na Alemanha, no qual obteve o brevê de piloto de aviação comercial em 2013. É importante ressaltar que esta é a idade mínima permitida. Antes de ser piloto em voos comerciais havia trabalhado na mesma empresa, a Germanwings, como comissário de bordo.
Algumas reportagens que li diziam que aparentemente o copiloto levava uma vida normal, sem qualquer sinal evidente de desequilíbrio. De acordo com Época (2015) Lubitz possuía o certificado médico de terceira classe da Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos, comprovando não sofrer de psicose, transtorno bipolar ou de personalidade. O copiloto havia passado por testes regulares de saúde física e mental em 2008, 2010 e mais recentemente no início de 2015. No entanto, na mesma matéria a revista faz referencia a outras fontes como o Jornal Alemão Bild e o Frankfurter Allgemeine citando que Lubitz, em 2009, chegou a interromper seu curso de pilotagem para se tratar de problemas psiquiátricos, tendo que repetir várias aulas para concluir o treino. entre estas a de que o mesmo passara por crises depressivas que inclusive culminara em interrupções no seu curso de pilotagem
O portal www.dw.de menciona que Lubitz informou a escola aérea Lufthansa que sofrera de graves problemas de depressão, contudo atestados médicos comprovavam que o piloto estava apto a atividade.
Faço questão de publicar tal qual encontra-se disponível no site da dw, pois depois da leitura volto me questionar se o tal acidente não poderia ter sido evitado:
"Nesta segunda-feira, a promotoria de Düsseldorf, onde Lubitz vivia, afirmou que anos atrás, antes de obter a licença para pilotar, ele havia passado por um longo período de tratamento psicoterapêutico, com tendências suicidas perceptíveis."
Os investigadores ainda relatam ter encontrado na residência do copiloto atestados médicos e receitas rasgados, sendo um destes atestados prescrito horas antes do ocorrido fatal, afastando Lubitz do trabalho.
Caímos agora nas "medidas preventivas" adotadas pelas empresas aéreas e no questionamento - deveria o médico que diagnosticou os problemas de Lubitz ter quebrado o sigilo médico? Há quem clame pelo fim do sigilo médico, há quem discorde firmemente! Se Lubitz conseguiu ocultar de tanta gente seus problemas "depressivos" ou de estresse poderia ele também conseguir ter ocultado de um especialista?
Enfim, meus caros leitores, não acredito que um dia venhamos a descobrir o que de fato acometeu a mente do jovem copiloto, levando-o a adotar uma medida tão trágica que culminou com sua morte e de mais 149 pessoas inocentes. Seria o ser humano um "momento"? Quais mais atrocidades somos capazes de cometer e sob que circunstâncias? Podemos julgar a ação irremediável do copiloto?
A verdade é que meu coração está de luto pela tripulação do 4U 9525 e seus passageiros e pela dor de todos que perderam seus entes queridos e amigos.


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