Maria Osmarina da Silva Vaz de Lima (nome de batismo), filha de nordestinos retirantes pobres, nasceu em 1958 no Seringal Bagaço, uma plantação de árvores da borracha no meio da Amazônia. Orfã de mãe aos 14 anos de idade, período em que estava sendo alfabetizada em um curso do extinto Mobral (Movimento Brasileiro de Alfabetização).
Seus pais, Pedro e Maria Silva, eram agricultores no Ceará. Migraram para o norte do país em 1945 em busca de uma vida melhor juntamente com dezenas de milhares de retirantes, fugindo da seca nordestina para viver da borracha nos seringais. Naquela época, um período de guerra, mais da metade morreram na selva. Pedro e Maria Silva tiveram 11 filhos, dos quais apenas oito sobreviveram à pobreza e à doenças como a malária e o sarampo.
Marina Silva (como é conhecida) ajudava seus pais na venda da borracha extraída no seringal. Seu pai lhe ensinou a realizar cálculos de porcentagem, tendo em vista que o látex para comercialização, possuia 17% de peso em água, no que seria abatido na hora da venda. Como os seringueiros eram pobres e a maioria analfabetos, os compradores facilmente lhe diludibriavam, efetuando descontos de cerca de 30% a 40% do peso. Nesse momento Marina fazia as contas para que ninguém roubasse sua família, embora não soubesse ler nem escrever.
Tinha um sonho de ser freira, mas o que a incomodava era o fato de ser analfabeta. Marina, em entrevista ao progrma Jô Sôares, transmitido pela Rede Globo na madrugada de Segunda-Feira para Terça-Feira, contou sobre seu primeiro dia na sala de aula, quando pesou em desistir por ter sido chamada de abestada. Seu nome era o primeiro da lista de chamada e quando a professora o pronunciou, Marina foi até a mesa da professora, pois não sabia que somente precisava responder "Presente", na hora foi uma gozação só por toda a turma! Mas Marina não se entregou e pensou que se não voltasse mais naquele lugar ela seria lembrada sempre como a "abestada".
Aprendeu a unir as letras em aproximadamente 15 dias, dando saltos nos estudos.
Alfabetizada, chegou perto o realizar seu sonho de ser freira, tendo inclusive incentivo de Freiras da Igreja Católica na continuidade dos seus estudos, chegando a se formar em história pela Universidade Federal do Acre.
Porém, o destino lhe reservava grandes surpresas, dentre elas o evangelho. Na maturidade, se converteu a fé evangélica e há cinco anos é missionária da Igreja Assembléia de Deus!
Mas não foi tão simples assim, antes de se formar, Marina teve hepatite, desistiu de ser freira e até ja foi ser empregada doméstica na casa de um casal de professores.
Pode-se considerar que começou sua carreira política quando ingressou no movimento sindical. Em 1984, ajudou a fundar a Central Única dos Trabalhadores (CUT) no Acre, filiando-se ao PT em 1985, quando foi a vereadora
mais bem votada no acre em 1988 e dois anos depois é eleita a deputda estadual tambem mais bem votada no Estado.
Sua trajetória política não parou por aí, em 1994 foi eleita a mais jovem senadora da história da República e reeleita em 2002. Em 2003 é nomeada ministra do Meio Ambiente onde permaneceu no cargo até 2008. Afastando-se do cargo de ministra, por motivos de atritos com a ministra da Casa Civil Dilma Rousseff, na ocasião foi substituída por Carlos Minc.
Marina é mais que uma professora de história do ensino médio, é mais que uma senadora e uma ministra, ela é uma ambientalista, mulher guerreira e honrada, uma vitoriosa que se preocupa com temas como o desenvolvimento sustentável. Mostra-se preparada para quebrar muitos paradigmas sobre o progresso e o avanço tecnológico!
Defensora da teoria criacionista, embora contrariando a ciência e a teoria apresentada por Charles Darwin.
Suas decisões, mostram seu cárater e definem sua personalidade, uma dessas decisões foi a sua saída do PT (uma relação de 30 anos) e sua filiação ao PV, partido pelo qual a senadora deve se lançar candidata a Presidente da República nas próximas eleições, no meu ponto de vista, uma das favoritas ao cargo.
Certamente se confirmada sua candidatura Marina receberá várias críticas do setor do agronegócio.
José Dirceu a definiu muito bem quando disse: "Por traz daquela imagem de fragilidade se esconde uma guerreira obstinada, ela é um Jedi", em comparação com os personagens da série Guerra nas Estrelas.
Nesta quinta-feira, dia 3, o prefeito de Delmiro Golveia, Luiz Carlos Costa em conjunto com o superintendente de Infra Estrututa da Universidade Federa de Alagoas (UFAL), professor Flávio Barbosa de Lima firmaram a ordem de serviços permitindo o início das obras do chamado Campus do Sertão/UFAL.
